A equipe de enfermagem da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) que reclamou do novo regime de horário recebeu, na noite de segunda-feira, a notícia de que haviam sido desligados da UPA. Segundo um integrante da comissão de negociação, Dagimar Bozza, os enfermeiros foram surpreendidos com uma carta de desligamento e o pedido de comparecimento dos funcionários na Secretaria de Saúde, na tarde de ontem, para discutir o futuro dos empregados.
Segundo a secretária Aura Stella Centeno Pereira (Teia), durante a reunião muitos funcionários pediram para que não houvesse o desligamento, sendo cumprido o novo regime de horário de 12 horas de trabalho por 36 horas de repouso. “Agora, devo me reunir com a equipe administrativa da UPA para definir se os funcionários podem voltar ao trabalho. Não posso passar por cima dela”, afirma.
Teia afirma que parte do seu papel como gestora é cuidar para que o serviço prestado nas emergências seja de qualidade e que as equipes cumpram o horário. “Precisamos de pessoas tecnicamente capacitadas, que cumpram horário e que não levem problemas pessoais para aquele local, visto que trabalham com pessoas que, muitas vezes, estão entre a vida e a morte. Temos que ter muito cuidado com isso”, diz.
Alguns preferiram trocar o local de trabalho e foram remanejados para outros postos de saúde. “Minha posição foi de ouvi-los para resolver todas as questões da melhor maneira”, conta.
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