Na manhã de ontem, aconteceu a segunda reunião no distrito de Palmas para tratar das denúncias de ameaças em função do processo de remarcação de terras quilombolas.
Reunião foi realizada no distrito de PalmasCrédito: DIVULGAÇÃO
O primeiro encontro aconteceu no final de abril e ouviu produtores daquela localidade. Ontem, foi a vez de integrantes da Associação Rural de Quilombolas de Palmas darem a sua versão sobre os fatos.
Os vereadores integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Geraldo Saliba, Carlinhos do Papelão e Sônia Leite, além de Antenor Teixeira e do presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos, Márcio Garcia, estiveram na reunião, que contou com pouca adesão da Associação, cerca de 15 pessoas estiverem presentes, de um total de aproximadamente 120 integrantes.
O presidente da Associação, Vanderlei Alves, negou veementemente as acusações de roubo, suborno e ameaça. "Fomos feridos por estas denúncias públicas, agora queremos uma resposta. Refutamos essas acusações por parte do nosso grupo. Já no dia 10 de maio procuramos o Ministério Público solicitando uma investigação. Nos sentimos lesados e queremos saber de onde partiram estas denúncias", disse.
Segundo a comissão, o objetivo do encontro foi ouvir por parte da Associação os relatos de denúncias que os vereadores receberam no mês de abril, após uma reunião com produtores rurais daquela região.
De acordo com o presidente da comissão, Geraldo Saliba, o grupo tem por objetivo ouvir todos os lados envolvidos nesta situação. "Propus aos demais vereadores para também ouvirmos os outros integrantes da Associação, que não se fizeram presentes na reunião, e que segundo relatos, não são favoráveis à desapropriação de suas terras para aderir a uma entidade coletiva", explicou.
Por isso ficou definido que a Comissão também ouvirá os relatos dos moradores que não são favoráveis à situação, para que possa então ter um parecer geral, e providenciar os encaminhamentos necessários.
Pouca adesão
Alves atribuiu a pouca adesão ao mau tempo, à troca de dia da reunião, que nem todos ficaram sabendo e, sobretudo, ao racha da Associação, já que só participam das atividades os que são favoráveis à defesa da desapropriação das terras.
Fonte: Jornal Minuano