05/05/2014

Policiais bageenses atuarão de motocicleta na Copa do Mundo

Dois profissionais bageenses, da Polícia Rodoviária Federal, atuarão em Porto Alegre durante a Copa do Mundo. Eles são os únicos policiais de Bagé com curso de motopoliciamento. Júlio César Pereira Borges e Nilton Ismar Redmer Gehling permanecerão na capital até o dia 15 de julho – Borges começa o trabalho no dia 9 de maio e Gehling no dia 22. A operação tem como objetivo a abordagem de motocicletas. A ideia é coibir a ação de marginais que utilizam o veículo de duas rodas para a prática do crime. Acontece que se para os policiais o veículo é útil porque facilita a locomoção, para os bandidos, também.
Gehling e Borges atuaram na Copa das Confederações. Gehling comenta que agiu, sobretudo, nas manifestações populares. Explicou que, em Minas Gerais, enquanto os cidadãos se manifestavam, os marginais aproveitavam para agir – um desafio para a polícia. Ele destaca que o curso de capacitação aconteceu entre novembro e dezembro do ano passado. Foram 20 dias: o desafio é desempenhar as atividades policiais em cima de uma motocicleta. O treinamento ocorreu em São Paulo.
Ainda sobre o trabalho, ele explica que a utilização da motocicleta facilita na prevenção da criminalidade. Atender as ocorrências, em uma cidade cujo fluxo é intenso, é difícil – a motocicleta torna o serviço mais prático e o atendimento mais rápido. É claro que o veículo também torna mais fácil a ação dos bandidos. Por isso, é preciso estar atento, conforme argumenta. Eles devem chegar a Porto Alegre antes da Copa, para um serviço preventivo, mas permanecem na capital até depois do evento para garantir a segurança, já que a retirada do contingente, de imediato, também pode possibilitar a ação dos criminosos. Sobre a expectativa, para durante a Copa, o policial diz que está preparado para enfrentar manifestações.
Ele atuou em uma operação durante o Carnaval, em Minas Gerais. A ação de policiais com a utilização de motocicletas reduziu em 20% o número de mortos e em 15% o número de feridos. Ele conta que Minas Gerais é rota para os principais carnavais do país, daí a ação no local. O profissional já atuou em Curitiba, em uma operação na Semana Santa. Sobre a distância da família, ele diz que é difícil, mas que não pode negar um chamado como esse, pois se trata de um serviço especializado. “É difícil, mas entendem", assinala.