20/03/2014

Técnicos administrativos da Unipampa poderão deflagrar greve na próxima semana



Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Pampa, que atuam na reitoria da instituição, decidiram, ontem, em assembleia, pela deflagração da greve da categoria. Os servidores que trabalham no campus da universidade já haviam decidido pela paralisação na última segunda-feira. Contudo, a deflagração da greve só ocorrerá em uma assembleia geral, prevista para o dia 25 de março. Acontece que ontem, os trabalhadores dos dez campi da Unipampa avaliavam tal possibilidade. Conforme o conselheiro fiscal do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Unipampa, Clever Leitzke, está entre as reivindicações dos servidores de Bagé a implantação de 30 horas semanais com turno único de 12h e, revezamento de equipes; “construção do plano de qualificação e instalação da Comissão Interna de Supervisão da Carreira”.
 Entretanto, é importante destacar que durante a assembleia geral, serão apresentadas as deliberações de cada um dos campi e, por fim, ocorrerá ou não a deflagração da greve. Na pauta geral dos servidores federais, está a definição da data-base em 1º de maio; negociação coletiva e liberação para o exercício do mandato classista;  política permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e  incorporação das gratificações. Eles pedem, também a supressão do Artigo 76 da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que define prazo para encaminhar projetos de lei que reestrutura carreira e concede qualquer tipo de reajuste aos trabalhadores (o prazo é 31 de agosto).
É pauta específica dos Técnicos Administrativos em Educação, o aprimoramento da carreira, sobretudo do piso da categoria e o cumprimento integral do acordo da greve de 2012. Portanto, os técnicos lutam pelo que definem como democratização da universidade, ou seja, a garantia de representação paritária nos órgãos colegiados e na eleição para dirigentes; pelo reposicionamento dos aposentados; assim como pelo reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados feitos fora do país. Pedem o aproveitamento de disciplinas da pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) para pleitear incentivo à capacitação. Por fim, querem a construção e reestruturação das creches nas universidades para os trabalhadores sem municipalização.
Leitzke destacou que, se aprovada, a greve deverá começar na próxima semana. Caso a paralisação seja aprovada, os comandos de greve de cada um dos campi deverão dialogar com as diretorias dos cursos para definir quais serviços serão mantidos. A intenção é não prejudicar os universitários, sobretudo aqueles que estão concluindo suas graduações. Eles poderão atuar em regime de plantão. Mas o conselheiro fiscal pondera que para o semestre que começará em maio, poderá não adotar  intenções semelhantes a essa. A Unipampa conta com 670 técnicos administrativos: só em Bagé, são 266 na reitoria e 54 no campus, localizado no bairro Malafaia.