28/03/2014

GGI-M lança cartilha com dados de segurança na cidade

Violência contra mulher, posse de entorpecentes e abigeato são os crimes mais denunciados

O Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública Municipal - GGI-M promoveu, ontem à tarde no Salão Nobre da Prefeitura de Bagé, um ato público para difundir os dados da pesquisa do Observatório da Criminalidade de Bagé. Entre as informações reveladas durante a apresentação o “Diagnóstico Local das Violências e da Criminalidade 2008-2013”, o estudo apontou um aumento no índice de ocorrências de ameaças contra a mulher, que alcançou um total de 852 casos.
Como explicou o Secretário Executivo do GGI-M, capitão Milton César Leite, o número de registros são provenientes da Secretaria Estadual de Segurança já contabilizados os casos atendidos pela Brigada Militar e Polícia Civil. “A partir destes dados trazidos pela cartilha conseguimos apontar os locais onde mais são registradas ocorrências e quais os tipos de registros”, afirma. Ainda entre os registros com maior incidência figuram, em 2º lugar, a posse de entorpecentes, com 225 casos, e, em 3º, o abigeato, com 172 registros. Os dados revelam ainda 172 casos de furto em veículos e 162 furtos à residências. “Baseado nestes e em outros dados, conseguimos buscar e pensar alternativas que auxiliem cada comunidade. Visando assim na diminuição da violência”, ressalta.
O coordenador da implantação do projeto em Bagé, Eduardo Pazinato, garante que as pesquisas qualificaram o desenvolvimento no quesito segurança pública. “O Observatório da Criminalidade e a divulgação destes dados auxiliaram o município a se integrar a outros projetos sociais como videomonitoramento e Mulheres da Paz”, informa.
Pazinato avalia que mesmo com a série de homicídios de 2013, a cidade ainda está dentro do índice apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Bagé tem uma taxa inferior a 10 casos por cem mil habitantes, quando no Brasil esse índice é de 25 por cem mil habitantes”, diz. Outro passo importante conquistado através deste monitoramento foi a implantação da Delegacia da Mulher. “Antes não havia índices de que este órgão era necessário aqui. Porém, depois dos levantamentos e dos projetos sociais, conseguimos provar e trazer a Delegacia para cá”, encerra.
A cartilha foi confeccionada em parceria com os dados do Observatório da Criminalidade, do GGI-M, com apoio da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma) e demais órgãos de segurança pública da cidade.