12/03/2014

Enoturismo faz parte das prioridades da Associação dos Vinhos da Campanha

Presidente eleito afirma que a maior vantagem da região é produzir vinho e não suco de uva

O bajeense Giovani Silveira Peres, da vinícola Batalha, assumiu na última sexta-feira, a presidência da Associação dos Vinhos da Campanha. Como novo presidente, ele garante que assumiu com o propósito de dar continuidade ao que foi realizado durante os três anos de trabalho da associação. "Somos 17 sócios e o grupo de trabalho vai continuar o mesmo. Por isso, apenas pretendo seguir com o que foi feito até agora", diz.
Sobre as atividades, Peres lembra que o grupo briga agora pela indicação de procedência. "Queremos o reconhecimento da marca da Campanha Gaúcha. Isto já está em andamento e a Embrapa Uva e Vinho está coordenando. Queremos o reconhecimento nacional e internacional, porque nossa região é a melhor para a produção em função do melhor clima", conta. 
Além disso, ele lembrou a campanha que será promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), com o valor de R$ 1 milhão destinado para campanhas publicitárias e outras ações, deixando em evidência o vinho da região. O presidente eleito pretende também aproveitar esta visibilidade e investir no enoturismo. "Vamos criar roteiros turísticos e promover cursos para preparação de pessoal, como a capacitação de garçons", conta. Outro objetivo é o de estreitar os laços com outros órgãos, como o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Comitê de Fruticultura da Metade Sul.
Sobre a industrialização do produto, Peres afirma que hoje a maioria dos integrantes da associação não precisa enviar sua produção para outros lugares, e aqueles que não têm como produzir o vinho, podem utilizar a estrutura de sócios em cidades próximas. "Hoje temos a Miolo, Almaden e Nova Aliança, e todos produzem", afirma. Esta seria também a maior vantagem da região em produzir vinho, e não suco de uva. Peres explica que hoje a maior indústria para a produção de suco está na região da Serra. "Na hora de produzir precisamos pensar no futuro, para onde vai todo o trabalho, porque a uva é um grande investimento, e demora pelo menos três anos para dar resultado", afirma.