19/03/2014

Associação de deficientes procura resoluções para problemas recorrentes nas escolas


    A Associação bageense de deficientes (Abadef) quer mobilizar pais de crianças portadoras de deficiência a participar das reuniões do grupo que pautam os pedidos feitos à prefeitura, principalmente, no âmbito escolar e de transporte. A presidente da Abadef, Cimone Barbosa Gonzales Halberstadt, acredita que quanto mais pais integrarem o grupo, mais força eles irão ganhar. “Às vezes um pedido sozinho não tem voz, mas unidos nós podemos ter muita força, e ainda tem muitos pais que não conhecem nosso trabalho”, afirma. Hoje, aproximadamente 20 famílias estão associadas ao grupo.
      Cimone relata que a associação ainda encontra dificuldade em entrar em contato com secretaria da saúde, e que os contatos são feitos através de agendamento com o prefeito. No último ano, um promotor foi solicitado para participar da reunião, onde foi entregue à prefeitura um relatório com os pedidos de maior necessidade pelos portadores de deficiência. A presidente é mãe de um menino portador de paralisia cerebral, que está a três anos estudando em escolas do município. O maior problema enfrentado pela mãe atualmente, são os livros digitalizados, que ainda não são disponibilizados para o aluno. “Existem vários pais com problemas nas escolas. Tem um associado que já relatou que vai tirar a filha da escola porque não tem um tutor”, comenta Cimone. Ela ainda afirma que no horário do recreio, não tem quem olhe pelos alunos, atividade que poderia ser feita por uma acompanhante de vida escolar, aos que não precisam de um tutor em tempo integral, mas mesmo assim necessitam de cuidados.
      O problema do transporte também parece estar longe de ser solucionado. Desde o último ano, algumas famílias estão tendo problemas na recarga do cartão do transporte especial. Conforme relatórios e cadastros feitos por Cimone, dos 17 pais que mantêm contato com ela e relataram estes problemas, apenas um caso foi solucionado. Eles ainda buscam na prefeitura uma sede para a Abadef, e pretendem fazer um projeto de divulgação nas escolas, promovendo reuniões inclusive nos bairros caso seja necessário, na primeira segunda-feira de cada mês. “É desmotivador a falta de realização dos pedidos, mas nós temos que continuar tentando. Acaba ano, inicia ano, e as coisas continuam as mesmas. Nós sabemos que é uma luta difícil, mas a mudança é simples, só que ninguém age”, completa Cimone. ]