Circula na imprensa nacional a informação de que há possibilidade de que o número de profissionais cubanos vinculados ao Programa Mais Médicos possa ser reduzido no final do ano. Conforme o site do governo federal, desde que foi implantada, em 2013, a iniciativa conta com 18 240 médicos, em 4 058 municípios. De acordo com a integrante da equipe de coordenação do programa em Bagé, Marília Centeno, dos 22 que atuam na Rainha da Fronteira, sete são cubanos, quatro uruguaios e o restante brasileiros. Ela garante que o trabalho deve prosseguir normalmente
De acordo com Marília, o governo federal emitiu um comunicado aos municípios que afirma o compromisso com o programa. “O contrato com os profissionais são de três anos. Os cubanos que saírem daqui serão substituídos. É o que o governo garante. Está tendo uma pressão muito forte dos municípios e entidades de classe”, destaca.
Conforme Marília, a carga horária dos médicos é de 32 horas semanais – outras oito são destinadas para capacitações e especializações. Ela relata que eles atendem no serviço de Estratégia Saúde da Família (ESF). “Os resultados da atuação deles são positivos. As pessoas têm sido bem acolhidas nos bairros”, comenta.
A avaliação da equipe da coordenação vai ao encontro do que foi apontado pelo médico uruguaio da ESF São Martim, Fernando Antunez, 30 anos. Ele conta que o contato com a comunidade local superou as expectativas. “Estou em Bagé desde 2013. Já obtive a dupla nacionalidade. Percebo que a população é muito grata. Parece uma bobagem, mas hoje (ontem) de manhã ganhei uma bolsa de laranjas de um paciente. É muito gratificante. Desde que estou aqui, sempre comemoraram meu aniversário”, salienta.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br