19/03/2014

Sindicatos afirma que 300 funcionários municipais aderiram a greve


Manifestações públicas marcaram o primeiro dia de greve dos municipários de Bagé, ontem. Os servidores públicos, que já estavam paralisados há quatro dias úteis, concentraram na praça Silveira Martins e, após, se manifestaram na Avenida Sete de Setembro, próximo à Câmara de Vereadores. O ato atrapalhou o trânsito – alguns veículos, como ônibus precisaram desviaram dos manifestantes. À tarde, os cerca de 300 trabalhadores em greve permaneceram em frente ao prédio da Prefeitura, na Avenida General Osório. Eles colaram cartazes no prédio público – as palavras enfatizavam, sobretudo, as reivindicações da categoria. A deflagração da greve foi motivada, sobretudo, pelo reajuste salarial concedido pelo município de 5,52%. Os servidores querem mudança salarial por níveis. Inclusive uma emenda que prevê tal mudança foi aprovada na Câmara e vetada pelo prefeito Dudu Colombo. O grupo quer que o executivo apresente emenda igual para que o reescalonamento dos níveis seja possível.
Conforme a presidente do Sindicato dos Municipários de Bagé, Mariley Correa, a presença de cerca de 300 funcionários pode ser considerada positiva. A aposta, agora, é no trabalho corpo a corpo. A ideia é percorrer secretarias e escolas para sensibilizar os colegas que continua no trabalho. “A adesão está dentro do esperado: vamos chamar aqueles que estão acomodados ou assustados”, disse. O presidente do Sindicato dos Professores e Funcionários dos Estabelecimentos de Educação Municipal de Bagé, Loi Vaz Lacerda, diz acreditar que cerca de 130 servidores da educação estão parados. Conforme ele, entre os serviços mais prejudicados nas escolas estão aqueles desempenhados por profissionais da limpeza, por merendeiros e por atendentes de berçário.
A presidente do Simba afirma que as secretarias mais prejudicadas pela greve são a de Atividades Urbanas e da Educação. Lacerda, inclusive, informou que há escolas que consideram suspender as aulas em decorrência da falta de profissionais, como a Téo Obino. A secretária de Educação, Janise Collares, afirmou que não responderá as afirmações do presidente do Sinprofem. Ela argumentou que Lacerda está embasado em informações que ela desconhece ou está sem base nenhuma. “Eu não posso responder porque eu não sei qual secretaria estaria mais prejudicada pela greve”, finalizou.